Repensando a própria felicidade

Este fim de semana ela aproveitou para assistir alguns filmes. Não imaginava, porém, que estes a fariam refletir tanto...

Começou com “Em busca de um milagre” (Saint Ralph, Canadá, 2004), dirigido por Michael McGowan. A história de Ralph Walker se passa em Hamilton, em 1954. Ralph é um estudante de 14 anos que supera as expectativas de todos ao tentar vencer a Maratona de Boston. Esta comédia dramática ensinou a ela, que fé não é só deixar tudo nas mãos de Deus, mas sim, acreditar em si mesma tendo a certeza de que tem o apoio divino.

Depois ela assistiu “Mogli – O menino lobo 2” e riu com o refrão da música cantada por Balú:

"Eu uso o necessário,
Somente o necessário.
O extraordinário é demais.
Eu digo, o necessário,
Somente o necessário.
Por isso essa vida
Eu vivo em paz."


O papai-urso do Mogli cantava a forma como ela costuma viver. Para ela, não há necessidade de correr atrás daquilo que não sente falta. Sempre deixou que as coisas lhe viessem às mãos, sentindo-se satisfeita com a vida que leva. E ouvindo a canção, ela se sentiu contente em saber que seu pensamento não era anormal. Afinal, a Disney estava ensinando às crianças a viverem felizes amando o que tem e o que vida, de muito bom grado, lhes dá! No entanto, o filme seguinte lhe despertou para outro sentimento que ela não percebia que estava guardado nela...

O drama “À procura da felicidade” (The Pursuit of Happyness, EUA, 2006”), do diretor italiano Gabriele Muccino
, foi uma lição que fez ela repensar o “conformismo” embalado por Balú.

A história do pai solteiro que luta contra todas as adversidades possíveis, na tentativa de conseguir uma vida melhor para si e seu filho, mostrou a ela que provavelmente ela tem vivido sua vida em paz demais!

Ela se lembrou que por muitas vezes acreditou que o motivo de sua felicidade era justamente o fato dela não precisar buscá-la, não lutar pelas vitórias. Ela afirmava que viver sem pensar em resultados tornava as vitórias mais coloridas! Afinal, se não esperava nada, o que viesse era lucro. E quando não conseguia um resultado positivo, por que se entristeceria? Não havia motivos para se chatear, visto que não tinha feito planos! O que precisava fazer era extrair a lição e aprender com o tal resultado.

A verdade, é que ela percebeu que nunca lutou na vida, por nada. E não foi porque não quis. Foi porque nunca precisou! Relembrando suas vitórias, notou que tudo que conseguiu até hoje não foi conquistado, mas tudo lhe veio às mãos sem praticamente esforço algum. E por incrível que pareça, ela não se sentiu satisfeita em descobrir isso...

Por isso então, ela se conformava com as palavras de Balú. Afinal, ela nunca precisou correr atrás de nada... E por que ela nunca pensou antes em mudar essa vida tão pacífica? Foi aí que ela se surpreendeu! De tanto ganhar sem jogar, ela viu que nunca jogou por medo de perder! Acostumou-se a vencer sem luta e temia não saber lidar com um resultado negativo! Logo ela que sempre demonstrou indiferença tanto à vitória quanto à derrota... É... A vida nos mostra o quanto somos contraditórios...

Para muitos, a vida dela pode ser sinônimo de felicidade! Imagina aí, ser uma vencedora com vitórias dadas de presente!? Enquanto a maioria tem uma pequena parte da vida chamada Felicidade, ela tem uma mínima parte da vida chamada Infelicidade!!! Que engano... tudo é uma questão de ponto de vista mesmo!

Na verdade, infelicidade é uma palavra muito pesada e ela sempre se recusou a ter tal substantivo em seu vocabulário. O que ela sente de fato é insatisfação!!! Por isso ela resolveu mudar! Agora ela não quer mais apenas o necessário. Ela quer o extraordinário justamente por ele ser demais!!!

Afinal, se a felicidade é boa quando não a esperamos, realmente ela deve ser melhor ainda quando lutamos para alcançá-la...

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