Eu estou tão assim, sei lá...

Não sei o que se passa comigo, que não tenho me sentido muito bem ultimamente. É como se de repente, o mundo perdesse a graça pra mim. Fico com raiva dele e de todos. Desejo estar só, e assim, não ver e nem ouvir ninguém. Trancar-me, isolar-me. Apenas eu e o nada. Só!!!

Às vezes, desejo não acordar. Não é que eu queira morrer. Não é nada disso! Não desejo me suicidar. Isso não me atrai. Vejo tal ato como fraqueza e por mais que me sinta fraca, não é assim que quero terminar os meus dias. Eu apenas gostaria de dormir e fugir disso que estou sentindo. Se é que estou sentindo algo mesmo, pois há momentos em que não sinto nada e é justamente isso que me incomoda muito. Como se eu estivesse vazia. Mas não tenho idéia do que me falta. Cada um julga que seja uma coisa diferente: um amor, um amigo, um emprego melhor, diversão, Deus, enfim, tudo que justifique o mal estar de alguém. Mas sinceramente... não é nenhuma destas coisas.

Eu não sei o que me falta, só sei o que não está faltando. ISSO NÃO É COMPLEXO??? Bem a minha cara, né? Isso me faz lembrar minha infância, quando eu perguntava qualquer coisa a meus pais e eles me respondiam algo que não me satisfazia. Eu chorava de raiva, porque eu sabia que aquela não era a resposta que eu queria, que julgava certa, mas não fazia idéia de qual resposta era a correta. E nesse momento me vejo assim novamente, só que agora, eu não choro e nem fico batendo o pé no chão, impaciente por estar sedenta da resposta. Apenas abaixo a cabeça e me deixo levar pelo vazio da pergunta não respondida...

“Acho que estou bipolando...” eu coloquei certa vez no meu nick do msn e um amigo achou a frase massa!!! Engraçado. Para mim, era só uma hipótese. Será que estou doente??? Já pensei se estou com depressão. Mas sei lá... Por que eu estaria com depressão? Procuro os motivos e não encontro.

Não é solidão. Um solitário procura a solidão? Acho que não. Não me sinto só. E o que quero ultimamente é estar sozinha. Então isso não pode nos levar a pensar que “solidão” seja o remédio que estou procurando?

“Você parece que não sei!” – a voz de Patropi fica ressoando no meu ouvido. Há gente preocupada comigo, com meu silêncio, minha seriedade. Outros dizem que estou azeda. É! Tenho me sentido meio limão mesmo...

Talvez eu realmente esteja precisando um pouco mais de Deus. Há tempos que não vou à missa, não comungo. Minhas orações já são tão mecânicas, que às vezes me pego rezando no ônibus a oração que costumo repetir à noite e ao pé da cama, me surpreendo pedindo a Deus que proteja não só a mim, mas todos os passageiros daquele ônibus, que todos cheguemos sãos e salvos em nosso destino (palavras que digo mentalmente quando estou no coletivo).

Vou ficar por aqui antes que eu chore, pois ultimamente, tem me dado vontade de chorar por besteira. E pior. Sem nenhum motivo aparente...

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