Cinema, drama e emoção

Neste fim de semana assisti dois dramas excelentes!

O primeiro foi O Violino Vermelho (The Red Violin – EUA/1998), dirigido por François Girard. O filme conta a história de um violino que é construído na Itália do século XVIII e atravessa gerações durante 300 anos, produzindo belíssimos sons e acompanhado de uma misteriosa sina.

O segundo foi Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso – Itália/ 1988), dirigido por Giuseppe Tornatore. Esta película mostra as lembranças de um cineasta de sucesso ao saber da morte do projecionista que o ajudou a se apaixonar pelo cinema.

As duas obras são premiadas. O Violino Vermelho ganhou o Oscar de melhor trilha sonora. E realmente, a trilha é lindíssima!!! E Cinema Paradiso recebou o Oscar de melhor filme estrangeiro.

Confesso que imaginava que Cinema Paradiso era mais antigo, por volta da década de 60. Isso mostra o quanto eu ainda tenho para aprender sobre cinema...¬¬

De qualquer forma, eu recomendo os dois filmes. Ambos me levaram às lágrimas. O primeiro (O Violino) pela musicalidade, a fotografia - as imagens são lindas!!!! Uma coisa que me chamou a atenção neste filme, foi a forma como é montado. Ele vai e vem, entre o passado e o presente, mas isso não causa incômodo. Pelo menos a mim, não causou! Eheheh Gostei, pois não ficou confuso. A única coisa que me frustrou foi ver a câmera, seu operador e outra pessoa (acho que o microfonista) passando por uma lupa gigante na cena que acontece em uma espécie de biblioteca. Isso sim! Me incomodou muiiiiiiiiiiiiiiiiiito!!! Mas tudo bem! Titanic teve 114 erros e ainda assim e foi o grande sucesso de 1997. E ver parte da equipe numa das cenas foi o único erro que percebi em O Violino. PASSOU!!! Não há de ser isso que tirará o brilho da obra, né? Eheheh Engraçado é que o violino é praticamente um "precioso", ou seja, o "anel" de O Senhor do Anéis. Todo mundo que o ouve o deseja e quem o possui, praticamente o ama!!!

Mas Cinema Paradiso, encanta pela história, por sua delicadeza.
Os atores são fenomenais. O garotinho (Salvatore Cascio) que vive Totó na infância é maravilhoso! Fez-me chorar nas cenas mais cômicas! A esperteza e inteligência da personagem são emocionantes. A relação dele com o projecionista Alfredo é linda. A cumplicidade que nasce provavelmente se deve ao fato do velho Alfredo não ter filhos e do pequeno Totó ter perdido o pai na guerra. Outro ator que também me emocionou com sua atuação foi Jacques Perrin, que interpreta Totó já adulto. O cara quase não tem falas, mas seus olhos, seu silêncio, dizem tudo!!! É FANTÁSTICO!!!

A trilha me chamou atenção, pois me parece ser a mesma usada em A Vida é Bela.

Dos dois filmes, o que mais me comoveu foi Cinema Paradiso, pois este tem uma temática muito presente na minha vida: A LEMBRANÇA. Sou uma pessoa muito saudosista. Muitas coisas que lembro de minha infância por exemplo, marejam meus olhos.

A cena em que os moradores da pequena cidade assistem a demolição do cinema Paradiso - onde Totó e Alfredo trabalharam - amoleceu-me demais. Afinal, aquele lugar – como mostra o filme – fez parte da história de todos eles. E todos sofrem com o fim do velho cinema. Ao assistir essa cena, fiquei me imaginando indo de volta a São Paulo e rever a casa onde minha avó morava na Pompéia, onde fui tantas vezes e tive momentos tão felizes. O local que me traz as lembranças mais fortes de meus tempos de criança. E claro, ao imaginar tal cena, me vi chorando. O que é muito comum, pois, não sei o porquê, sempre que penso no meu futuro, me visualizo chorando ao olhar para o meu passado...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que a gente tem de ser...

De volta ao antigo lar

Dívida bem paga!