Um recado?

Esta noite, sonhei que ia à igreja com minha irmã, para assistir a missa. Em um determinado momento, um grupo de pessoas foi convidado a subir ao altar. No meio deste grupo estava eu, minha irmã e mais dois amigos meus. A igreja inteira entoava hinos de louvor, agradecendo a Deus pela volta daquelas pessoas que se encontravam no altar. Mas o hino se estendeu tanto, que aos poucos os "filhos pródigos" foram descendo sem que ninguém os mandasse fazer isso.


Já meio impaciente, virei-me para uma moça que estava sentada ao meu lado na escadaria do altar, loira de olhos claros, vestida de branco, e disse a ela que eu também iria sair dali, iria voltar para o meu lugar. Porém, ao caminhar de volta para o fundo da igreja, vinha em sentido contrário, um rapaz muito bonito, também vestido de branco.


Alto, forte, cabelos escuros, uma pele morena de sol, óculos de grau quadradinho que lhe davam um ar de intelectualidade, o rapaz, de longe, voltava para mim um sorriso perfeito.


Meio na dúvida se realmente ele sorria para mim - afinal, era muita areia para o meu caminhãozinho -, baixei o olhar e já ia passar direto como se não o tivesse notado (bem típico de mim! Eu sempre faço isso!). Para minha surpresa, ouvi o som de sua voz, máscula, mas suave, dizendo-me: "Oi amor! Tá tudo bem com você?" Levantei o olhar e o vi já quase ao meu lado, ainda sustentando aquele sorriso iluminado. Olhei ao redor para ter certeza se era comigo mesmo que o rapaz estava falando. E antes que eu tivesse a certeza de que não havia mais ninguém ao meu lado, além dele, o atlético jovem me segurou a mão e puxou-me: "Vem cá! Deixa eu te dar um abraço!".


Completamente atônita, me deixei levar, mas sem conseguir retribuir da mesma forma, estava meio "dura", pois não entendia o que estava acontecendo. Para aumentar a minha surpresa e inquietação, no meio daquele abraço tão apertado e caloroso, o ouvi dizer: "Estava com tanta saudade de você, Roberta!"


Gelei! "Quem é este rapaz? Como sabe o meu nome? De onde ele me conhece?" – eu me perguntava, já que este rapaz sequer lembra qualquer pessoa que eu já tenha visto na vida!!! E cada vez mais sem jeito, ao fim do abraço me surpreendi respondendo: "Ah! Eu também estava com saudade de você? Como é que você tá?" – eu deixei as frases escaparem num gaguejo, tentando disfarçar minha confusão. Eu sinceramente não sabia quem era aquele homem, mas ele demonstrava me conhecer. Me conhecer há muito tempo...


E o rapaz fez mais! Segurou minha mão e saiu me puxando, chamando-me para ir com ele. Nessas alturas, minha irmã nem tinha notado que eu fiquei pelo caminho, quando nos dirigíamos ao fundo da igreja.


De repente, me vi sendo levada a outro grupo de pessoas. A maioria eram pessoas idosas que não consigo recordar as faces. O rapaz chamava a atenção de todos, como se quisesse mostrar que tinha encontrado alguém que há muito procurasse, como se já tivesse falado deste alguém para estas pessoas. E disse: "Gente! Olha aqui! Esta vai ser minha Emanuela!". Todos se voltaram para mim com sorrisos iluminados. Ainda esbocei um "Emanuela?" sem jeito e o belo rapaz me respondeu: "Sim! Emanuela! Como Emanuel!".


Daí a única coisa que me lembro é de em seguida estar ao lado de minha irmã contando-lhe sobre o rapaz...


Ao acordar, comentei e minha irmã disse que isto é porque estou afastada de Deus. Não sei... é possível que seja esse o motivo... fiquei com este sonho na cabeça...


Procurei o significado dos nomes ditos pelo rapaz e descobri que Emanuel, de origem hebraica, quer dizer Deus está no coração dos homens puros. Emanuela é apenas o feminino de Emanuel, portanto, só pode ter o mesmo significado. Aí procurei Manuela e descobri que, também do hebraico, significa Deus está conosco. E Manoela, do latim, quer dizer pura, santa.


Realmente, quem ultimamente poderia me dizer que sente tanto a minha falta e me receberia com tanta alegria na casa de Deus, se não o próprio? E por que estes nomes surgiram em meu sonho? Por que eu disse a um estranho que também sentia saudade dele?


Sabe, depois deste sonho e de tanto pensar nele, acabei percebendo, que de fato, ando sentindo saudade de Deus...


Talvez...


Seja hora de voltar ao rebanho...

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