Emoções no Aruanda
Está acontecendo no Hotel Tambaú, o IV Fest Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro.
E a cada ano, este festival se torna melhor, o que me faz sentir-me muito alegre por isso. É pena que meu horário de trabalho não me permita usufruir de tão delicioso evento, que se faz assim tão saboroso não só pelos vídeos e filmes exibidos, mas principalmente, pelos encontros e reencontros com amigos queridos e que muito admiro.
Ontem consegui trocar meu turno de trabalho para, à noite, poder ir ao Aruanda. Eu queria muito ter ido todos os dias, mas ontem eu precisava assistir um vídeo em especial, pois se tratava de um documentário sobre o diretor da versão cinematográfica da peça “O Pagador de Promessas”, meu objeto de estudo do mestrado.
O documentário “Absolutamente Anselmo!”, é um trabalho de conclusão do Curso de Jornalismo de uma aluna da Universidade Federal do Paraná. Trazendo entrevistas com o próprio Anselmo Duarte e pessoas ligadas a ele, o vídeo tem o objetivo de mostrar e valorizar a história deste cineasta que é de grande importância no cenário do cinema nacional. No entanto, não fiquei satisfeita com o documentário. Eu esperava mais! Achei muito pessoal e pouco informativo. Mas isso não vem ao caso, pois tal opinião provavelmente se deve ao fato de que a maior parte do que foi dito, eu já tivesse conhecimento e que não me parece útil à minha dissertação. Eu queria novidade, e esse trabalho não tinha muito de novo a me dizer. Porém, quero deixar claro que não estou desmerecendo o trabalho, que obviamente, se está concorrendo no festival e até já participou do Gramado Cinevídeo, só pode ser um bom trabalho, não é mesmo?
Aproveito para comentar outros três vídeos. O primeiro é o “Moradores do 304” , uma animação de Minas Gerais. Inspirada no poema “Elegia 1938” de Carlos Drummond de Andrade, a ficção mostra um solitário escritor que é atormentado por estranhas criaturas em seu apartamento. No início, eu gostei muito do vídeo pela estética e pela inquietude que nos causa. O que achei interessante é que essa inquietude é causada não pelas imagens em si, mas pelas pausas, ou seja, os segundos em que as imagens ficam estáticas e pelo som, cujos ruídos parecem nos fazer sentir a mesma aflição do personagem. É como se aquelas criaturas perturbassem a nós também. Mas depois, tudo me pareceu excessivo e comecei a me cansar do que via, rezando para que aquilo terminasse logo. No final, entendi que eu não tinha entendido nada...
Em seguida, veio o vídeo “Chá das Três”, um documentário vindo do Rio Grande do Sul. Aaaaaaaaaaaaai! Achei fantástico, mesmo sendo um vídeo tecnicamente muito simples. Achei o título fantástico! Reunidas para um chá, três senhoras de aproximadamente 60 anos, conversam sobre sexo, suas fantasias, suas lembranças e tudo que possuem de mais íntimo. Eu, que normalmente não gosto de ver velhinhas conversando sobre sexo, porque muitas querem dar uma de moderninhas e acabam se tornando vulgares, achei o vídeo muito delicado. Embora boa parte tenha ido às gargalhadas com os papos das três senhoras, não há como não admirar a beleza e singeleza da conversa. Eu gostaria de colocar o trailler deste vídeo aqui para vocês assistirem, mas eu não sei fazer, então é só clicar nesse link:
http://br.youtube.com/watch?v=ZvHYCktOq5c
E por fim, o documentário “Até Onde a Vista Alcança”, de Pernambuco. No início, pensei que seria chaaaaaaato! Mas me enganei redondamente. É lindo! Lindo, lindo, lindo! Super simples, conta a história da comunidade Quilombola Sabaquim e Riachão do Sabaquim, que fica no município de Panelas, a 201km de Recife. O vídeo mostra um bingo feito para bancar a realização de um sonho coletivo: conhecer o mar.
Noooooooooossa! Que delicado! Há personagens, como dona Hosana, que nos comove com sua inocência, com sua brandura, em sua forma de dizer o quanto achou bonito o que viu, fosse a comunidade dançando em uma festa, fosse um bando de crianças jogando-se em cima de balas caídas do jogo quebra-panela, ou da idéia que tinha de como seria o mar.
A trilha é linda! Comovente e ao mesmo tempo nos transmite a alegria desse povo tão humilde, mas donos de lindas almas.
Amei as fotografias em preto e branco que aparecem durante todo o vídeo. Deu um ar muito delicado ao trabalho. Realmente fui às lágrimas com esse documentário. Já pensou? Eles só queriam ver o mar, e eu por exemplo , tenho isso ao alcance das mãos e não sei valorizar devidamente. E isso é comum, visto que tudo que está ao nosso alcance parece perder o significado pra nós! Que horrível, né? Vou me policiar e valorizar mais certas coisas que são praticamente inalcançáveis para alguns, mas que eu posso ter acesso freqüente.
No link que indico abaixo, vocês poderão ver algumas imagens que rolam neste comovente vídeo-documentário:
http://br.youtube.com/watch?v=XEvkabZZVLc
E para encerrar, quero dizer que também me emocionei com a homenagem feita ao diretor Walter Lima Jr, cineasta carioca, que produziu em 1965, aqui na Paraíba, o filme “Menino de Engenho”. O diretor, cujo último trabalho é a película “Os Desafinados”, foi às lágrimas e eu também. Muito bonito!
E fora isso, ainda conheci a atriz e cineasta, Conceição Sena. Muito simpática e generosa. Acredita que ela falou para eu tentar entrevistar Anselmo Duarte?! E que eu pedisse a Shirley pra ligar para Orlando Sena (que é o esposo de Conceição e muito amigo de Shirley), e me deixasse conversar com ele, para que este me informasse qual o estado de Anselmeo e como entrar em contato com ele.
Meu Deus! Aos poucos as portas vão se abrindo para mim, sem nem mesmo eu chegar perto da maçaneta! Que felicidade!!!!
E a cada ano, este festival se torna melhor, o que me faz sentir-me muito alegre por isso. É pena que meu horário de trabalho não me permita usufruir de tão delicioso evento, que se faz assim tão saboroso não só pelos vídeos e filmes exibidos, mas principalmente, pelos encontros e reencontros com amigos queridos e que muito admiro.
Ontem consegui trocar meu turno de trabalho para, à noite, poder ir ao Aruanda. Eu queria muito ter ido todos os dias, mas ontem eu precisava assistir um vídeo em especial, pois se tratava de um documentário sobre o diretor da versão cinematográfica da peça “O Pagador de Promessas”, meu objeto de estudo do mestrado.
O documentário “Absolutamente Anselmo!”, é um trabalho de conclusão do Curso de Jornalismo de uma aluna da Universidade Federal do Paraná. Trazendo entrevistas com o próprio Anselmo Duarte e pessoas ligadas a ele, o vídeo tem o objetivo de mostrar e valorizar a história deste cineasta que é de grande importância no cenário do cinema nacional. No entanto, não fiquei satisfeita com o documentário. Eu esperava mais! Achei muito pessoal e pouco informativo. Mas isso não vem ao caso, pois tal opinião provavelmente se deve ao fato de que a maior parte do que foi dito, eu já tivesse conhecimento e que não me parece útil à minha dissertação. Eu queria novidade, e esse trabalho não tinha muito de novo a me dizer. Porém, quero deixar claro que não estou desmerecendo o trabalho, que obviamente, se está concorrendo no festival e até já participou do Gramado Cinevídeo, só pode ser um bom trabalho, não é mesmo?
Aproveito para comentar outros três vídeos. O primeiro é o “Moradores do 304” , uma animação de Minas Gerais. Inspirada no poema “Elegia 1938” de Carlos Drummond de Andrade, a ficção mostra um solitário escritor que é atormentado por estranhas criaturas em seu apartamento. No início, eu gostei muito do vídeo pela estética e pela inquietude que nos causa. O que achei interessante é que essa inquietude é causada não pelas imagens em si, mas pelas pausas, ou seja, os segundos em que as imagens ficam estáticas e pelo som, cujos ruídos parecem nos fazer sentir a mesma aflição do personagem. É como se aquelas criaturas perturbassem a nós também. Mas depois, tudo me pareceu excessivo e comecei a me cansar do que via, rezando para que aquilo terminasse logo. No final, entendi que eu não tinha entendido nada...
Em seguida, veio o vídeo “Chá das Três”, um documentário vindo do Rio Grande do Sul. Aaaaaaaaaaaaai! Achei fantástico, mesmo sendo um vídeo tecnicamente muito simples. Achei o título fantástico! Reunidas para um chá, três senhoras de aproximadamente 60 anos, conversam sobre sexo, suas fantasias, suas lembranças e tudo que possuem de mais íntimo. Eu, que normalmente não gosto de ver velhinhas conversando sobre sexo, porque muitas querem dar uma de moderninhas e acabam se tornando vulgares, achei o vídeo muito delicado. Embora boa parte tenha ido às gargalhadas com os papos das três senhoras, não há como não admirar a beleza e singeleza da conversa. Eu gostaria de colocar o trailler deste vídeo aqui para vocês assistirem, mas eu não sei fazer, então é só clicar nesse link:
http://br.youtube.com/watch?v=ZvHYCktOq5c
E por fim, o documentário “Até Onde a Vista Alcança”, de Pernambuco. No início, pensei que seria chaaaaaaato! Mas me enganei redondamente. É lindo! Lindo, lindo, lindo! Super simples, conta a história da comunidade Quilombola Sabaquim e Riachão do Sabaquim, que fica no município de Panelas, a 201km de Recife. O vídeo mostra um bingo feito para bancar a realização de um sonho coletivo: conhecer o mar.
Noooooooooossa! Que delicado! Há personagens, como dona Hosana, que nos comove com sua inocência, com sua brandura, em sua forma de dizer o quanto achou bonito o que viu, fosse a comunidade dançando em uma festa, fosse um bando de crianças jogando-se em cima de balas caídas do jogo quebra-panela, ou da idéia que tinha de como seria o mar.
A trilha é linda! Comovente e ao mesmo tempo nos transmite a alegria desse povo tão humilde, mas donos de lindas almas.
Amei as fotografias em preto e branco que aparecem durante todo o vídeo. Deu um ar muito delicado ao trabalho. Realmente fui às lágrimas com esse documentário. Já pensou? Eles só queriam ver o mar, e eu por exemplo , tenho isso ao alcance das mãos e não sei valorizar devidamente. E isso é comum, visto que tudo que está ao nosso alcance parece perder o significado pra nós! Que horrível, né? Vou me policiar e valorizar mais certas coisas que são praticamente inalcançáveis para alguns, mas que eu posso ter acesso freqüente.
No link que indico abaixo, vocês poderão ver algumas imagens que rolam neste comovente vídeo-documentário:
http://br.youtube.com/watch?v=XEvkabZZVLc
E para encerrar, quero dizer que também me emocionei com a homenagem feita ao diretor Walter Lima Jr, cineasta carioca, que produziu em 1965, aqui na Paraíba, o filme “Menino de Engenho”. O diretor, cujo último trabalho é a película “Os Desafinados”, foi às lágrimas e eu também. Muito bonito!
E fora isso, ainda conheci a atriz e cineasta, Conceição Sena. Muito simpática e generosa. Acredita que ela falou para eu tentar entrevistar Anselmo Duarte?! E que eu pedisse a Shirley pra ligar para Orlando Sena (que é o esposo de Conceição e muito amigo de Shirley), e me deixasse conversar com ele, para que este me informasse qual o estado de Anselmeo e como entrar em contato com ele.
Meu Deus! Aos poucos as portas vão se abrindo para mim, sem nem mesmo eu chegar perto da maçaneta! Que felicidade!!!!
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