Sonhando um conto fantástico!
Por volta de 13:30h da tarde, após lavar a louça, resolvi me deitar e ler o texto que será discutido amanhã na última aula do mestrado. A obra a qual me refiro é A Metamorfose de Franz Kafka e conta a história de um caixeiro viajante que depois de uma noite de sono intranqüilo, acordou transformado em um inseto!!! Isso mesmo! Um IN-SE-TO!!! E o que me chamou atenção é que o personagem percebe a transformação, estranha, mas não se desespera por isso. Pelo contrário! Até age com uma certa naturalidade. Pelo menos foi o que me pareceu até a página que li.
Contudo, a ponta de dor-de-cabeça que me inquietava, não me permitiu continuar a leitura e resolvi dar um cochilo.
Peguei no sono muito rápido, mas este foi tão inquieto quanto o sono do "homem-barata". Ainda assim, sonhei. E sonhei o que parecia ser a reconstituição desta madrugada. Pois noite passada, um grupo de alunos da faculdade onde trabalho, defendeu seu projeto de fim de curso e após a aprovação, convidaram-me para participar da comemoração em uma pizzaria nos Bancários. Ok. Fui e foi legal! O único problema perder o ônibus de meia-noite e passar uma hora e meia esperando o próximo. Claro que eu não estava só e por isso não tive medo algum.
Porém, no sonho foi bem diferente, visto que eu tive medo do desconhecido que me surgia das formas mais bizarras. No sonho eu me lembrava de Alice no País das Maravilhas, mas na verdade eu era "Roberta no Bairro das Bizarrices". Era como se eu estivesse em algum conto fantástico!
Assim como na noite passada, eu e o mesmo grupo de amigos estávamos na parada de ônibus altas horas da noite. De repente, surge um ônibus. Ele pára distante da parada e todos corremos em direção a ele. Moisés então me diz: "Não! Esse não é teu ônibus não! É o meu." E percebo que realmente não serve para mim, visto que se trata de um coletivo da linha ADIDAS!!! Eu heim... nada a ver... ¬¬
Para minha surpresa, todos os meus acompanhantes vão embora, pois este ônibus serve para todos, menos para mim. Olhando-os de longe, já começo a perceber coisas estranhas, como o fato deles estarem entrando no coletivo por uma minúscula porta atrás do veículo.
Volto-me para o outro lado da rua na esperança de que o meu ônibus chegue logo. De repente me vejo indo até o meio da rua para pegar uma borracha que havia caído e por pouco não sou atropelada. O pasmo está em eu não sentir medo ou surpreender-me com o que acabava de fazer.
Viro-me de lado e vejo Moisés novamente ao meu lado. Veio me fazer companhia para que eu não sentisse medo. Owwwwwwwwwwun, quanta gentileza!! ^^
De repente, vejo dois carrinhos - que lembravam fuscas – passando em minha frente. Cada carrinho tinha dois volantes e um casal dentro. O impressionante é que os dois vinham se chocando como aquelas grandes xícaras dos parques de diversões. Rodopiavam e chocavam-se, rodopiavam e chocavam-se... e rodavam meio de lado!!
_ Oxe! Impressão minha ou aqueles fuscas tinham dois volantes dentro e andavam de lado, como caraguejos? – eu perguntava assombrada para Moisés.
_ Deixa isso quieto! É melhor você não saber. Não procura saber o que você não deve entender! – ele me respondia com um tom de reprovação e ao mesmo tempo de alerta.
Sem entender nada, eu olhava um outro fusca sem teto, com um casal dentro trocando beijos. O carro, caindo aos pedaços, tinha a parte de trás onde fica o motor, lisa, sem o puxador do capô (não sei se é assim que se escreve e se estou me fazendo entender!). Olhando aquilo, me vinha à mente, a imagem de um rosto sem nariz! E esse pensamento era interrompido pelo barulho de uma moto.
Fiquei embasbacada de ver o modelo da moto. Lembrava um móvel. Uma escrivaninha ou uma estante antiga. A moto estava andando sozinha, sem o motoqueiro. Seu dono corria atrás dela, como se esta fosse um cavalo indomável. De repente, a moto parou bem ao nosso lado. Moisés encostado em um poste, não dava a mínima a nada do que acontecia. Parecia tudo muito normal para ele. Mas eu... eu estava cada vez mais assustada com tudo que via! Queria logo ir embora daquele lugar cheio de maluquices.
Quando a moto parou, a parte onde ficava o motor - que na verdade parecia o bar daquelas antigas estantes da década de oitenta (vocês tiveram uma dessas? Eu sim!) -, abriu-se. E de lá, eu vi pernas e seios saindo da "cabine". Era uma velha alta, magra, morena, com quatro seios murchos e nus. Sim! Eu disse QUATRO. E os dois de cima eram menores que os dois de baixo!!! E ela era enoooooorme!!!
Imediatamente voltei-me para Moisés que nem olhou para a mulher que completamente indiferente a nossa presença, já passava atrás dele vestida com uma camisa "vermelho-fubá".
_ Agora entendo porque você é assim Moisés! – eu dizia com um sorrisinho irônico, na tentativa de na provocação, espantar o meu medo de tudo aquilo que nunca vi antes e que era tão absurdo para mim!
Olho para minha esquerda e vejo um homem tão grande quanto a mulher. Gordo e feio, ele usava um macacão com um modelo meio infantil, feito de linha. A roupa era bege com listras verdes, vermelhas e amarelas. Ele subia em uma espécie de andaime para pintar a parede de um prédio que estávamos na frente. Ao lado do gordo esquisito, havia um carneiro usando a mesma roupa que ele. O carneiro estava como uma estátua e ainda usava um gorro do mesmo material do macacão e com as mesmas cores. Sei que havia outro bicho usando roupas também, mas já não me lembro que bicho era. Só sei, que vendo esta cena tive uma crise de riso.
Eu ria muito, muito, muito. O medo parecia ter ido embora. Então ouvi um som. Era o anúncio do fim! Meu ônibus não chegou e nem tive tempo de me despedir de Moisés.
Pronto! Acabou! Ainda bem que programei o meu despertador!
E graças a Deus, não acordei transformada em barata...
Contudo, a ponta de dor-de-cabeça que me inquietava, não me permitiu continuar a leitura e resolvi dar um cochilo.
Peguei no sono muito rápido, mas este foi tão inquieto quanto o sono do "homem-barata". Ainda assim, sonhei. E sonhei o que parecia ser a reconstituição desta madrugada. Pois noite passada, um grupo de alunos da faculdade onde trabalho, defendeu seu projeto de fim de curso e após a aprovação, convidaram-me para participar da comemoração em uma pizzaria nos Bancários. Ok. Fui e foi legal! O único problema perder o ônibus de meia-noite e passar uma hora e meia esperando o próximo. Claro que eu não estava só e por isso não tive medo algum.
Porém, no sonho foi bem diferente, visto que eu tive medo do desconhecido que me surgia das formas mais bizarras. No sonho eu me lembrava de Alice no País das Maravilhas, mas na verdade eu era "Roberta no Bairro das Bizarrices". Era como se eu estivesse em algum conto fantástico!
Assim como na noite passada, eu e o mesmo grupo de amigos estávamos na parada de ônibus altas horas da noite. De repente, surge um ônibus. Ele pára distante da parada e todos corremos em direção a ele. Moisés então me diz: "Não! Esse não é teu ônibus não! É o meu." E percebo que realmente não serve para mim, visto que se trata de um coletivo da linha ADIDAS!!! Eu heim... nada a ver... ¬¬
Para minha surpresa, todos os meus acompanhantes vão embora, pois este ônibus serve para todos, menos para mim. Olhando-os de longe, já começo a perceber coisas estranhas, como o fato deles estarem entrando no coletivo por uma minúscula porta atrás do veículo.
Volto-me para o outro lado da rua na esperança de que o meu ônibus chegue logo. De repente me vejo indo até o meio da rua para pegar uma borracha que havia caído e por pouco não sou atropelada. O pasmo está em eu não sentir medo ou surpreender-me com o que acabava de fazer.
Viro-me de lado e vejo Moisés novamente ao meu lado. Veio me fazer companhia para que eu não sentisse medo. Owwwwwwwwwwun, quanta gentileza!! ^^
De repente, vejo dois carrinhos - que lembravam fuscas – passando em minha frente. Cada carrinho tinha dois volantes e um casal dentro. O impressionante é que os dois vinham se chocando como aquelas grandes xícaras dos parques de diversões. Rodopiavam e chocavam-se, rodopiavam e chocavam-se... e rodavam meio de lado!!
_ Oxe! Impressão minha ou aqueles fuscas tinham dois volantes dentro e andavam de lado, como caraguejos? – eu perguntava assombrada para Moisés.
_ Deixa isso quieto! É melhor você não saber. Não procura saber o que você não deve entender! – ele me respondia com um tom de reprovação e ao mesmo tempo de alerta.
Sem entender nada, eu olhava um outro fusca sem teto, com um casal dentro trocando beijos. O carro, caindo aos pedaços, tinha a parte de trás onde fica o motor, lisa, sem o puxador do capô (não sei se é assim que se escreve e se estou me fazendo entender!). Olhando aquilo, me vinha à mente, a imagem de um rosto sem nariz! E esse pensamento era interrompido pelo barulho de uma moto.
Fiquei embasbacada de ver o modelo da moto. Lembrava um móvel. Uma escrivaninha ou uma estante antiga. A moto estava andando sozinha, sem o motoqueiro. Seu dono corria atrás dela, como se esta fosse um cavalo indomável. De repente, a moto parou bem ao nosso lado. Moisés encostado em um poste, não dava a mínima a nada do que acontecia. Parecia tudo muito normal para ele. Mas eu... eu estava cada vez mais assustada com tudo que via! Queria logo ir embora daquele lugar cheio de maluquices.
Quando a moto parou, a parte onde ficava o motor - que na verdade parecia o bar daquelas antigas estantes da década de oitenta (vocês tiveram uma dessas? Eu sim!) -, abriu-se. E de lá, eu vi pernas e seios saindo da "cabine". Era uma velha alta, magra, morena, com quatro seios murchos e nus. Sim! Eu disse QUATRO. E os dois de cima eram menores que os dois de baixo!!! E ela era enoooooorme!!!
Imediatamente voltei-me para Moisés que nem olhou para a mulher que completamente indiferente a nossa presença, já passava atrás dele vestida com uma camisa "vermelho-fubá".
_ Agora entendo porque você é assim Moisés! – eu dizia com um sorrisinho irônico, na tentativa de na provocação, espantar o meu medo de tudo aquilo que nunca vi antes e que era tão absurdo para mim!
Olho para minha esquerda e vejo um homem tão grande quanto a mulher. Gordo e feio, ele usava um macacão com um modelo meio infantil, feito de linha. A roupa era bege com listras verdes, vermelhas e amarelas. Ele subia em uma espécie de andaime para pintar a parede de um prédio que estávamos na frente. Ao lado do gordo esquisito, havia um carneiro usando a mesma roupa que ele. O carneiro estava como uma estátua e ainda usava um gorro do mesmo material do macacão e com as mesmas cores. Sei que havia outro bicho usando roupas também, mas já não me lembro que bicho era. Só sei, que vendo esta cena tive uma crise de riso.
Eu ria muito, muito, muito. O medo parecia ter ido embora. Então ouvi um som. Era o anúncio do fim! Meu ônibus não chegou e nem tive tempo de me despedir de Moisés.
Pronto! Acabou! Ainda bem que programei o meu despertador!
E graças a Deus, não acordei transformada em barata...
Comentários
Postar um comentário
Olá! Muito obrigada pela sua visita.