Início de semana, começos e reviravoltas
Pois bem! O ideal seria que eu tivesse escrito esse texto ontem, porém, como a terça-feira ainda tem cheiro de começo, vamos dar prosseguimento às ideias que aqui me trazem.
Bom! Em primeiro lugar, vamos à REVIRAVOLTA!
Passei todo o fim de semana ruminando pensamentos e angústias. O povo quer me ajudar e sem querer acaba me atrapalhando, despertando conflitos que não me permitem sossegar.
Tudo começou com um simples comentário, um toque de amiga. E de fato, fui tocada profundamente. Depois veio o toque de orientadora, de profissional honesto que confia no meu potencial e sabe que eu posso ir "ao infinito e além", se eu assim me dispuser a tal empreitada.
_ Sei que seu problema não é potencial! Seu problema é tempo! Não sei como você vai fazer, mas acredito que você precisa arrumar mais tempo para se dedicar ao seu mestrado para que ele seja bom o suficiente para te abrir as portas no futuro. Vamos fazer seu mestrado para ele ser citado e não devorado pelas traças! – ela me disse algo assim, e considerei que depois de tanto esforço, não seria justo comigo trabalhar tanto em um banquete para insetos. Meu ego, não me deixaria dormir: "Como pode você trabalhar para não brilhar? Não ser reconhecida, respeitada, admirada, quiçá, copiada? Apagar seu nome, empoeirá-lo em estantes que nem sequer são procuradas? Ah Roberta! Você é mesmo uma otária!"
E eu sempre acho que meu ego tem razão! Não me envergonho de admitir minha soberba e egocentrismo. Talvez porque eu me considere inocente desses pecados. Sim! Eu cresci ouvindo elogios, incentivos, reconhecimentos por atos e qualidades que eu não pretendia mostrar, mas que eram notados e aplaudidos com louvor. Gostei de ter uma platéia sempre pronta e ansiosa para ver meus "shows" e ovacionar-me ao final. QUEM NÃO GOSTARIA DE SER SEMPRE A ESTRELA DO ESPÉTACULO?

O fato é que me acostumei a ser sempre a melhor e isso tornou-se um vício e como todo vício, transmutou-se em prisão. Hoje sou prisioneira das expectativas alheias e do meu orgulho. Não deixo mais nenhuma oportunidade passar porque quero sempre mostrar que sou capaz. Muito embora, eu acredite que boa parte dessa minha impulsividade por novas experiências tenha a ver com a minha enorme sede de conhecimento. É! Eu tenho a terrível mania de sempre querer saber como é!
Resumindo: fiz uns cálculos, juntei o toque de amiga, que na verdade só me aborreceu, com o toque da professora, que me mostrou o que de fato é importante para mim, e depois de muito pensar e conversar com amigos verdadeiros e minha família, resolvi abandonar parte de minhas atividades.
Ontem, eu estava decidida! Meus pais me apóiam. E mesmo sabendo que isso ia criar problemas para outros, resolvi não me preocupar com eles porque estes outros não poderão e nem tentarão resolver os meus problemas. Cada um tem sua vida e sabe o que é melhor para si.
Vou apenas estudar. Não sou 100% feliz com meu mestrado, mas prefiro me dedicar apenas a ele, pois este me tomou muito tempo para que eu o torne "meia-boca" no gran finale. Não sou copeira de traças, para perder noites de sono preparando-lhes um banquete. Tenho juízo, por incrível que pareça!
Mas me sinto muito mais infeliz onde estou trabalhando. Angustia-me sair de minha casa e me deslocar até um lugar que só me faz mal. Sinto-me dentro de um ninho de cobras. Não sou uma serpente, nem tampouco o flautista...
Meu mundo é outro e é bem maior...
A experiência foi válida e agora tenho certeza que eu realmente consigo tudo o que eu quero. Todas as coisas que tive vontade de fazer, eu fiz e faço, nem que seja para descobrir que aquilo não serve para mim ou vice-versa.
Não me importo com a chateação que causei a qualquer pessoa, porque também me chateei várias vezes e sobrevivi. Entre mim e o outro, eu sou mais importante. Ao menos para mim!
Vai ser um aperto, financeiramente falando, mas me servirá como lição de pensar duas vezes antes de ouvir minha platéia. Agora eu aprendi, que por mais que o público me queira em cena, eu é que devo decidir a hora de subir no palco.
Quanto ao COMEÇO, este vem para me fazer rir! ^^

Iniciei ontem minhas aulas de volante. Isso mesmo! Estou aprendendo a dirigir e vejo que isso não é tarefa fácil.
Incrível como eu não consigo equilibrar a direção e como me surpreendo com a capacidade das pessoas em observar e operar tantas coisas ao mesmo tempo, sem tirar os olhos do que lhe acontece à frente. Eh ehehe
_ Nossa! As pessoas são mesmo geniais, heim? Por conseguirem fazer tantas coisas ao mesmo tempo! – disse eu a minha instrutora, em um misto de surpresa e humildade ao reconhecer a dificuldade de dirigir sem ficar olhando para os pedais e passagem das marchas.
_ Cuidado! Você vai subir a calçada desse jeito! Sai da contramão! Essa curva é aberta! Equilibra a direção! Não precisa parar o carro, basta apenas frear para seguir mais devagar. Acelera. Não tanto! – estas foram algumas frases da minha instrutora.
_ Isso acontece com todo mundo? – perguntei quase num fio de voz;
_ O quê?
_ Fazer essas leseiras que eu estou fazendo no primeiro dia?
_ Ah sim! Nem se preocupe! Isso é muito normal.
_ Ah ta! Porque eu já estou me encabulando...
_ Nem se preocupe! Relaxa... NÃO PRENDA O VOLANTE ASSIM!!! SEGURE-O SEM PRESSIONÁ-LO...
Enfim, se eu me tornar a espécie de motorista que eu estou imaginando, serei um perigo para o trânsito pessoense. Mas não pelo fato de ser mulher, e sim, simplesmente por ser ROBERTA.
*Imagens retiradas de:
http://osnomades.zip.net/images/aplausos.jpg
http://www.cescapi.com/imagens/dirigir_carro.jpg
Bom! Em primeiro lugar, vamos à REVIRAVOLTA!
Passei todo o fim de semana ruminando pensamentos e angústias. O povo quer me ajudar e sem querer acaba me atrapalhando, despertando conflitos que não me permitem sossegar.
Tudo começou com um simples comentário, um toque de amiga. E de fato, fui tocada profundamente. Depois veio o toque de orientadora, de profissional honesto que confia no meu potencial e sabe que eu posso ir "ao infinito e além", se eu assim me dispuser a tal empreitada.
_ Sei que seu problema não é potencial! Seu problema é tempo! Não sei como você vai fazer, mas acredito que você precisa arrumar mais tempo para se dedicar ao seu mestrado para que ele seja bom o suficiente para te abrir as portas no futuro. Vamos fazer seu mestrado para ele ser citado e não devorado pelas traças! – ela me disse algo assim, e considerei que depois de tanto esforço, não seria justo comigo trabalhar tanto em um banquete para insetos. Meu ego, não me deixaria dormir: "Como pode você trabalhar para não brilhar? Não ser reconhecida, respeitada, admirada, quiçá, copiada? Apagar seu nome, empoeirá-lo em estantes que nem sequer são procuradas? Ah Roberta! Você é mesmo uma otária!"
E eu sempre acho que meu ego tem razão! Não me envergonho de admitir minha soberba e egocentrismo. Talvez porque eu me considere inocente desses pecados. Sim! Eu cresci ouvindo elogios, incentivos, reconhecimentos por atos e qualidades que eu não pretendia mostrar, mas que eram notados e aplaudidos com louvor. Gostei de ter uma platéia sempre pronta e ansiosa para ver meus "shows" e ovacionar-me ao final. QUEM NÃO GOSTARIA DE SER SEMPRE A ESTRELA DO ESPÉTACULO?

O fato é que me acostumei a ser sempre a melhor e isso tornou-se um vício e como todo vício, transmutou-se em prisão. Hoje sou prisioneira das expectativas alheias e do meu orgulho. Não deixo mais nenhuma oportunidade passar porque quero sempre mostrar que sou capaz. Muito embora, eu acredite que boa parte dessa minha impulsividade por novas experiências tenha a ver com a minha enorme sede de conhecimento. É! Eu tenho a terrível mania de sempre querer saber como é!
Resumindo: fiz uns cálculos, juntei o toque de amiga, que na verdade só me aborreceu, com o toque da professora, que me mostrou o que de fato é importante para mim, e depois de muito pensar e conversar com amigos verdadeiros e minha família, resolvi abandonar parte de minhas atividades.
Ontem, eu estava decidida! Meus pais me apóiam. E mesmo sabendo que isso ia criar problemas para outros, resolvi não me preocupar com eles porque estes outros não poderão e nem tentarão resolver os meus problemas. Cada um tem sua vida e sabe o que é melhor para si.
Vou apenas estudar. Não sou 100% feliz com meu mestrado, mas prefiro me dedicar apenas a ele, pois este me tomou muito tempo para que eu o torne "meia-boca" no gran finale. Não sou copeira de traças, para perder noites de sono preparando-lhes um banquete. Tenho juízo, por incrível que pareça!
Mas me sinto muito mais infeliz onde estou trabalhando. Angustia-me sair de minha casa e me deslocar até um lugar que só me faz mal. Sinto-me dentro de um ninho de cobras. Não sou uma serpente, nem tampouco o flautista...
Meu mundo é outro e é bem maior...
A experiência foi válida e agora tenho certeza que eu realmente consigo tudo o que eu quero. Todas as coisas que tive vontade de fazer, eu fiz e faço, nem que seja para descobrir que aquilo não serve para mim ou vice-versa.
Não me importo com a chateação que causei a qualquer pessoa, porque também me chateei várias vezes e sobrevivi. Entre mim e o outro, eu sou mais importante. Ao menos para mim!
Vai ser um aperto, financeiramente falando, mas me servirá como lição de pensar duas vezes antes de ouvir minha platéia. Agora eu aprendi, que por mais que o público me queira em cena, eu é que devo decidir a hora de subir no palco.
Quanto ao COMEÇO, este vem para me fazer rir! ^^

Iniciei ontem minhas aulas de volante. Isso mesmo! Estou aprendendo a dirigir e vejo que isso não é tarefa fácil.
Incrível como eu não consigo equilibrar a direção e como me surpreendo com a capacidade das pessoas em observar e operar tantas coisas ao mesmo tempo, sem tirar os olhos do que lhe acontece à frente. Eh ehehe
_ Nossa! As pessoas são mesmo geniais, heim? Por conseguirem fazer tantas coisas ao mesmo tempo! – disse eu a minha instrutora, em um misto de surpresa e humildade ao reconhecer a dificuldade de dirigir sem ficar olhando para os pedais e passagem das marchas.
_ Cuidado! Você vai subir a calçada desse jeito! Sai da contramão! Essa curva é aberta! Equilibra a direção! Não precisa parar o carro, basta apenas frear para seguir mais devagar. Acelera. Não tanto! – estas foram algumas frases da minha instrutora.
_ Isso acontece com todo mundo? – perguntei quase num fio de voz;
_ O quê?
_ Fazer essas leseiras que eu estou fazendo no primeiro dia?
_ Ah sim! Nem se preocupe! Isso é muito normal.
_ Ah ta! Porque eu já estou me encabulando...
_ Nem se preocupe! Relaxa... NÃO PRENDA O VOLANTE ASSIM!!! SEGURE-O SEM PRESSIONÁ-LO...
Enfim, se eu me tornar a espécie de motorista que eu estou imaginando, serei um perigo para o trânsito pessoense. Mas não pelo fato de ser mulher, e sim, simplesmente por ser ROBERTA.
*Imagens retiradas de:
http://osnomades.zip.net/images/aplausos.jpg
http://www.cescapi.com/imagens/dirigir_carro.jpg
Mulher me identifiquei tanto com seus pensamentos,antes pensava q pensar era coisa minha,depois comecei a pensar q pensar era coisa d jornalista e agora tô achando q pensar é coisa d Crispim...bjs :)
ResponderExcluirÉ incrível mesmo a habilidade que algumas pessoas tem no volante...mas relaxe, vc perceberá que com o tempo as coisas são mais simples do que parecem ser...engraçado!!eu deveria comentar sobre o teu mestrado certo?errado!!! deixa esta parte para a sua orientadora.
ResponderExcluirb-jus