Bem qualificada aos olhos de um mestre...

Ontem foi minha qualificação do mestrado! U-HUUUUUUUUUUU \o/ Agora EU SOU UM SER QUALIFICADO!!!

É claro que foram apontadas algumas fragilidades em meu texto, como já era bastaaaaaaaaaaaaaante esperado!

No entanto, fiquei muito feliz, embora eu tenha ouvido coisas como “esse termo é paupérrimo”, “aqui demonstra uma certa pobreza de texto”, “isso é o que chamamos de erros infantis, o que é bem natural, visto que você ainda é muito jovem e tem muito ainda a caminhar”, “imaturidade, ingenuidade de estilo”, “é preciso seguir o rigor acadêmico”
, enfim, um monte de comentários que me deixaram bastante encabulada e me fizeram repensar se eu realmente escrevo bem!

Escrevo bem? O quê? Bobagens? Para quem??? Como assim? "A grandiosa" academia quer rebaixar o meu público??? JAMAIS PERMITIREI ISSO,TÁ ME OUVINDO BEM???

A maior parte destes comentários vieram de um ex professor meu. Um admirável professor que lecionou uma disciplina de Ética quando eu ainda cursava Radialismo. Mas, apesar de todas estas falas, ele foi muito delicado e apontou todos os meus erros, os mais bárbaros e os mais insignificantes, com todo o cuidado e compromisso que só um verdadeiro mestre pode ter. A meu ver, um verdadeiro mestre é aquele que tem total consciência da grande responsabilidade que há por trás do ensino. Ensinar, educar, é formar e transformar um ser!

E ele disse palavras que me levaram a conter as lágrimas com grande esforço. Ele iniciou sua fala dizendo algo assim:

_Eu quero começar agradecendo a Roberta pelo convite de estar aqui avaliando seu projeto, o que me deixou muito feliz, pois ao ler seu nome no trabalho, não consegui ligá-lo diretamente a pessoa devido o grande número de alunas que já tive durante todo esse tempo. Mas quando a vi, lembrei-me imediatamente dela, porque Roberta é uma daquelas alunas inesquecíveis, pois me lembro muito bem de seu comportamento em sala de aula. Sempre foi uma aluna aplicada, esforçada, muito séria. Uma aluna com potencial... - e aí ele iniciou seu discurso de que eu entendesse seus apontamentos como contribuições ao enriquecimento de meu trabalho. E de fato, tudo que ele me disse foi de grande valor. Foi uma verdadeira aula! Sempre tive admiração por este professor, por sua inteligência, seriedade e riqueza de vocabulário expressada com uma fluência que nos fascina.

Ao terminar sua fala, ele entrou para o grupo de pessoas que me sinto na obrigação de atender as expectativas:

_ É isso Roberta! No geral, sua proposta é muito boa e vejo que se você colocar fôlego, sua pesquisa vai render um trabalho muito bom! – e voltando-se para minha orientadora finalizou: _ Taí professora! Eu acredito muito nesse trabalho! Acredito mesmo não só porque é você quem está orientando, mas porque agora eu sei quem é a aluna que está produzindo e ela tem potencial!

Engoli seco, segurei o choro e sorri timidamente. Não esperava que este professor ainda se lembrasse de mim, tampouco que me visse de forma tão positiva, muito embora, eu me recorde que em uma de suas provas, ele tivesse me elogiado muito, me considerado inteligente, crítica e que tinha gostado muito da maneira como eu tinha respondido sua prova: questionando suas questões!

Estou feliz! Com a nota 9,0 e principalmente, com o reconhecimento e incentivo não só de um antigo professor, mas de um mestre por quem nutro grande admiração...

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