Um dos mistérios da vida
Agora a pouco, assisti a um dos episódios da quinta temporada da série Dr. House. Intitulado Simples assim, o citado episódio mostra um House intrigado com a súbita morte de um de seus assistentes, o simpático Kutner. Embora tente disfarçar o choque, House busca respostas para o suicídio do jovem médico e numa tentativa de racionalizar o fato, levanta a hipótese de o rapaz ter sido assassinado.
Bom! Este post não é tanto para discutir ou fazer uma resenha crítica sobre a ficção comentada, mas sim, para refletir sobre essa coisa tão surpreendente que é o tal suicídio.
No início, confesso, achei completamente sem sentido o fato de Kutner ter se matado. Tipo, eu não entendia porque ele faria uma coisa dessas se ele não demonstrava qualquer motivo para isso. O Taub (o ex cirurgião plástico narigudo), me parece, seria o personagem ideal para dar cabo a própria vida, afinal, ele não demonstra ser um dos mais felizes.
Porém, terminado o episódio, pus-me a pensar e lembrei-me de algo que costumo dizer quando vejo na TV, imagens de pessoas sendo salvas do alto de janelas, prédios e viadutos que, cercadas de policiais e bombeiros, ameaçam se matar. “Ora! Quem quer morrer não avisa!” – não canso de repetir. A meu ver, quem faz isso só quer chamar atenção.
A lógica do suicídio está justamente no fato de não ter lógica nenhuma! É! Mesmo que a morte por si só já nos pareça inexplicável, inaceitável, trágica, o suicídio se eleva na escala de dor e sofrimento para os que ficam, porque para estes não há justificativa alguma. O “por que?” nunca se cala, visto que o suicida, na maioria das vezes, não deu sinais de tristeza, depressão, desespero, nada! Estava sempre sorrindo, de bem com a vida, era um bom amigo, um excelente filho, pai amoroso, marido exemplar, um grande profissional. Ao menos, era assim que preferia ser visto pelos que lhe cercavam.
Alguns suicidas são até legais e menos egoístas. Sim! Deixam cartinhas explicando o motivo de tal ato, numa tentativa de confortar os que ficam. E para não manchar a boa imagem deixada aos seus, pedi-lhes perdão e compreensão. Tsc, tsc... isso não passa de uma busca inútil de convencer a si mesmo de que está fazendo a escolha certa. Que engano... os que ficam sofrem, questionam por um tempo e, por não encontrar nunca uma resposta convincente, deixam pra lá e vivem suas vidas buscando agir diferente de quem se matou. Ao menos, sua morte não é de todo vã... ¬¬
Sabe-se que uma parte dos suicidas, sofre de depressão. Contudo, nem todos a demonstram preferindo escondê-la atrás de largos sorrisos. Outros, talvez nem saibam que sofrem dessa doença! Apenas sofrem, e suas mortes se transformam em um dos vários mistérios da vida...
“A morte só quer uma desculpa!” – costumam dizer. Estamos errados em pensar assim. Não é a morte que quer uma desculpa. Somos nós que queremos! E não temos desculpa nenhuma... Na verdade, para nós, o fim da vida não faz o menor sentido. Principalmente, quando o fim é escrito pelas próprias mãos.
Há quem considere o suicídio um momento de fraqueza, um ato de coragem ou até tentação do diabo. Não sei. Prefiro não julgar. Eu só sei que o suicídio não tem respostas nem antes nem depois do ato. Sempre me questiono o que me motivaria a rasgar o próprio ventre ou os pulsos, mas... não encontro nenhuma justificativa. Por isso eu tenho tanto medo de facas... de estar sozinha com elas...
Porém, terminado o episódio, pus-me a pensar e lembrei-me de algo que costumo dizer quando vejo na TV, imagens de pessoas sendo salvas do alto de janelas, prédios e viadutos que, cercadas de policiais e bombeiros, ameaçam se matar. “Ora! Quem quer morrer não avisa!” – não canso de repetir. A meu ver, quem faz isso só quer chamar atenção.
A lógica do suicídio está justamente no fato de não ter lógica nenhuma! É! Mesmo que a morte por si só já nos pareça inexplicável, inaceitável, trágica, o suicídio se eleva na escala de dor e sofrimento para os que ficam, porque para estes não há justificativa alguma. O “por que?” nunca se cala, visto que o suicida, na maioria das vezes, não deu sinais de tristeza, depressão, desespero, nada! Estava sempre sorrindo, de bem com a vida, era um bom amigo, um excelente filho, pai amoroso, marido exemplar, um grande profissional. Ao menos, era assim que preferia ser visto pelos que lhe cercavam.
Alguns suicidas são até legais e menos egoístas. Sim! Deixam cartinhas explicando o motivo de tal ato, numa tentativa de confortar os que ficam. E para não manchar a boa imagem deixada aos seus, pedi-lhes perdão e compreensão. Tsc, tsc... isso não passa de uma busca inútil de convencer a si mesmo de que está fazendo a escolha certa. Que engano... os que ficam sofrem, questionam por um tempo e, por não encontrar nunca uma resposta convincente, deixam pra lá e vivem suas vidas buscando agir diferente de quem se matou. Ao menos, sua morte não é de todo vã... ¬¬
Sabe-se que uma parte dos suicidas, sofre de depressão. Contudo, nem todos a demonstram preferindo escondê-la atrás de largos sorrisos. Outros, talvez nem saibam que sofrem dessa doença! Apenas sofrem, e suas mortes se transformam em um dos vários mistérios da vida...
“A morte só quer uma desculpa!” – costumam dizer. Estamos errados em pensar assim. Não é a morte que quer uma desculpa. Somos nós que queremos! E não temos desculpa nenhuma... Na verdade, para nós, o fim da vida não faz o menor sentido. Principalmente, quando o fim é escrito pelas próprias mãos.Há quem considere o suicídio um momento de fraqueza, um ato de coragem ou até tentação do diabo. Não sei. Prefiro não julgar. Eu só sei que o suicídio não tem respostas nem antes nem depois do ato. Sempre me questiono o que me motivaria a rasgar o próprio ventre ou os pulsos, mas... não encontro nenhuma justificativa. Por isso eu tenho tanto medo de facas... de estar sozinha com elas...
*Imagem retirada de:
http://espiritualidade.no.sapo.pt/img/suicidio.jpg
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