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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

O desabafo dela

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Era noite. Os dois conversavam despreocupadamente sobre coisas banais. Amigos, costumavam trocar confidências sobre suas desilusões amorosas e acabavam rindo muito das histórias tragicômicas um do outro. _ Somos dois lesos! – ele disse de modo que a amiga concordou e ambos caíram em uma deliciosa gargalhada. Os risos acabaram junto com o assunto, a garota secou as lágrimas que lhe correram pela face enquanto se desmanchava em risadas, o rapaz pousou os olhos para um ponto perdido no chão e o silêncio repentinamente tornou-se insuportavelmente pesado. Após um suspiro, ela sacudiu aquele mundinho onde os dois se refugiavam: _ Por quê? Ele ergueu o olhar e deu de cara com outra pessoa. O semblante sereno da amiga deu lugar a uma face enérgica. Havia em seus olhos um “quê” de fúria misturada à fome de respostas que ele não tinha certeza se possuía. Como que acuado por uma fera indomável, ele arriscou: _Por quê o quê? Um novo suspiro deu fim à agressividade antes estampada no rosto d...

Mersdrado

Para quem, por acaso, se intrigar com o título deste post, EXPLICO: refere-se ao meu fatigante mestrado... ¬¬ (suspiro) Aos que nem imaginam, após defender minha dissertação e ser "aprovada com distinção", fui cobrada várias vezes a reescrever o meu tenebroso primeiro capítulo. O reescrevi umas três vezes e minha "ilustre" orientadora não se dava por satisfeita, sempre "me lembrando" que eu devia "honrar o nome dela, cuja palavra foi dada de que EU reescreveria o tal capítulo com a mesma qualidade do restante do trabalho" e blá, blá, blá...  Resumindo a história, um dia eu cansei, me enchi da situação e soltei os cachorros na orientadora, deixando muito claro para ela, que eu não ia mudar mais nenhuma linha daquela merda de trabalho, pois a bosta do texto me pertencia, era a mim que cabia qualquer responsabilidade (embora em momento nenhum passou pela minha cabeça desonrar o nome dela, mesmo porque, se o texto é meu, é o meu nome que deve ser ...

Da partitura ao recital...

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"Percebi que tenho mania de tocar a vida quando, na verdade, eu deveria cantá-la..." (Roberta Crispim, Comunicóloga, BRA). Fruto de uma breve e amarga reflexão sobre a maneira como venho vivendo a vida. ¬¬ P.S: Agradecimento especial a Ricardo Gardenal que, a partir de seu conhecimento musical, ajudou-me a titular este post. Depois de algumas sugestões, chegamos a este título, prontamente aprovado por meu leitor nº 1 e queridíssimo amigo, Marcelo Jatobá! Obrigada por gastarem parte do tempo de vocês com meus devaneios, meninos! bjossss! ^^ *Imagem retirada de: http://worldclassic2.blogspot.com/