Amizade eternamente jovem


Daniel me pediu para escrever um texto exclusivo para ele, mas não dá para pensar nele sem lembrar de Clécia!

Não! Eles não são um casal! Eles são meus amigos queridos da época do 2º grau, cuja amizade se mostra cada vez mais sólida, apesar da distância!

Eu me dei bem com muita gente do ensino médio, lá na Escola José Lins do Rêgo, mas só eles dois continuaram meus amigos verdadeiros.

Não há um dia do amigo, aniversário e festas de fim de ano, em que eles não lembrem de mim! São uns queridos! Amo-os!

E olha que nossa amizade não começou com facilidade, né Clécia???? Kkkkkkkkkkkk

Ai ai...

Gente! No ensino médio, eu tava no auge de minha antipatia, fruto de meu complexo, baixa autoestima e essas mer@#$ todas!!! Aí, ser antipática era meu mecanismo de defesa! Hauhahauhaua (eu era louca e não sabia, isso sim!)

O fato é que eu e Clécia éramos as duas moças mais altas da nossa turma. A diferença é que ela era muito bem distribuída, uma morena bonita, de traços finos, harmoniosos. E eu... ah! Eu era (e continuo sendo) a cópia fiel da Olívia Palito! Kkkkkkkk

Lembro que a primeira vez que Clécia falou comigo, foi no fatídico “exame médico” da aula de Ed. Física – que eu odiava! Todo ano eu arrumava um atestado médico, afirmando que eu era troncha da coluna e não podia me exercitar! Pura vergonha de mostrar a falta de curvas de minhas canelas! Kkkkkkkkkkkkk -, e ao ouvir o professor falando a minha altura, Clécia veio a mim e, sem a menor má intenção, fez o seguinte comentário:

_ Nossa! Tu ainda é um centímetro mais alta que eu? – ela só se surpreendeu, porque Clécia também não curtia muito a própria altura. E eu, em minha ignorância, dei uma resposta azeda, mais ou menos assim:

_ Um centímetro a mais, um a menos, vai mudar o quê? - ¬¬ (Agora me diz: Precisava disso?) Clécia ficou tão sem graça que até demorou a tentar se aproximar de mim novamente!

No entanto, o tempo foi passando e não lembro como a gente foi se aproximando e TCHARAM! Finalmente nos tornamos amigas. Partilhávamos daquela fase terrível da adolescência em que a maioria das mocinhas não gosta da própria aparência. Mas diferente de mim, Clécia era muito querida e os meninos davam mole pra ela! Claro! Um mulherão, inteligente e bem humorada, qual rapaz inteligente, não ia querer ao lado? Mas a Clécia só queria amizade! E sempre foi muito amiga da galera mesmo!

Ela sentava no fundão da sala e eu, claro, como era de esperar de uma antipática, me isolava sentando-me na primeira carteira, em frente ao professor! Kkkkkkkkkkkkkk Foi então que comecei a ter vontade de experimentar a vida no fundão da sala! Rsrs Lá da frente, eu percebia que a parte de trás da sala tinha mais cor, era mais a cara da adolescência e que eu tava deixando passar uma parte importante da minha vida. Já estávamos no 3º ano científico e eu tinha que experimentar ser uma aluna do fundão também. Lembro que a professora de Português quando me viu lá atrás a primeira vez, ficou surpresa e perguntou o que eu tava fazendo ali. Chegou até a dizer que Clécia tava me colocando no mau caminho! Kkkkkkkkkkkk (Tu lembras disso, Kel?)

Lá, eu conheci melhor os meus colegas de classe e comecei a me entrosar com a galera e até comecei a me interessar por alguns colegas! Mas eu só me interessava mesmo, porque nunca tive coragem de demonstrar claramente o que sentia e queria.

Somente quando fui para o fundão da sala conheci o Daniel! Ele era calado, mal abria a boca. Diziam que ele era evangélico e quase todas as meninas da sala tinham uma queda por ele! Até eu já tava ficando meio lesa por ele! Hauhauahua Só que meu coração era dividido, entre ele e outro que parecia um cientista maluco. E obviamente que nenhum dos dois nunca me deu bola! Rsrs Eu até tenho a impressão que os dois sabiam de minha queda por eles, mas sempre se fizeram de desentendidos. Não me deram chance, mas também não me desprezaram! Logo, a amizade nasceu!

O que acho mais gracinha da minha amizade com Daniel e Clécia é que ela se desenvolveu na adolescência, época em que nos deixamos levar facilmente pelo que as pessoas dizem e como agem. Porém, nossa amizade não se abalou! Eu achava que Clécia tinha uma queda por Daniel, mas nunca aconteceu aquela bobagem de rivalidade e tal! Pelo contrário, a gente ficava tirando onda uma da outra, enquanto Daniel ficava se achando o gostosão, nos chamando de fãs, etc., mas tudo na paz, sem mágoas e com muito respeito.

Terminado o ensino médio, Daniel entrou na Marinha e foi morar em Santa Catarina. Eu pensava que tudo ia acabar, que tínhamos apenas uma amizadezinha de estudante, sabe? Aquela coisa que não se firma. Acaba o ano e todo mundo se manda, sem fazer conta do paradeiro uns dos outros. Enganei-me. Daniel sempre escrevia para mim e Clécia. Mandava-nos postais, fotos e ligava para nós duas, sempre que podia. Ficávamos horas conversando. Em todas as suas férias ele nos visita.

O fato é que o tempo passou, crescemos, amadurecemos, mas nossa amizade se torna mais forte a cada dia. Eles dois são para mim, companheiros que tenho sempre prontos para o que der e vier! E ambos sabem que podem contar comigo para o que precisar.  Nossa amizade parece viver em eterna juventude! ^^

Apesar da distância – Daniel morando no Rio de Janeiro com a esposa; eu e Clécia no mesmo bairro, mas separadas pela preguiça -, continuamos sempre juntos! Sempre lembrando e torcendo pela vitória e felicidade um do outro!!!

Eles ocupam um lugar pra lá de especial em meu coração e sou muito grata a Deus,  por ter colocado esses dois anjos em minha vida! É certo que demoro a dar notícias às vezes, mas isso não quer dizer que os tenha esquecido. Pelo contrário, estou sempre lembrando de ambos, porque eu os amo demais!!!  ;)


*Imagem retirada de:

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