O que a gente tem de ser...
Folheando minha agenda de 1998, percebi que desde cedo eu tinha gosto para o cinema e a literatura.
Claro que meu fascínio pelo universo das letras iniciou-se ainda na infância, logo que aprendi a ler e meu pai, presenteando-me com gibis e incentivando-me a decifrar tudo que estava escrito em muros e placas, contribuiu muito para que eu me apaixonasse pela literatura.
Mais tarde, uma de minhas brincadeiras favoritas era de diretora teatral, obrigando meus irmãos a encenarem o que eu lia nas revistinhas em quadrinhos. Eu tinha uma necessidade enorme de contar histórias!
Aí, vendo na agenda as minhas listas de livros lidos e filmes assistidos por mês, e cada título acompanhado de um comentário (aos 17 anos eu não fazia ideia do que seria uma resenha) sobre a trama, se era bom ou não, percebo que sim, eu estava fadada a me formar em algo que me permitisse conhecer mais sobre essas duas artes.
É engraçado, porque eu nunca me imaginei fazendo nada referente ao cinema, muito embora eu tenha passado por uma fase da vida em que sonhei ser escritora.
Comecei o curso de Radialismo só para entrar na universidade e depois trocar para Jornalismo, pois eu acreditava que como jornalista eu aprenderia técnicas que me possibilitassem prender a atenção do leitor. Mas só depois de me formar em Radialismo percebi que, necessariamente, eu não precisaria me formar em nada. Óbvio que a formação vai te dar suporte para escrever melhor e expressar de maneira clara o que você pretende dizer, mas... não me parece ser um requisito.
Durante meu tempo de estudante de Radialismo, me apaixonei pelo cinema e eu resolvi que seria roteirista. Ou seja, eu mudei o meio de contar minhas histórias, mas o desejo de contá-las permanecia vivo.
O tempo foi passando, outras experiências surgiram e aos poucos o meu sonho foi se dissipando... Porém, comecei a exercitar um outro tipo de leitura: a crítica.
Passei a observar mais o que via e o que lia. E para não me sufocar com tudo que se passava em minha mente, criei este blog e passei a despejar aqui as minhas impressões sobre cinema, literatura e até mesmo sobre a vida.
Não quero dizer que o que digo tem proveito para alguém. Que é poético e/ou filosófico. Aqui sempre foi um espaço para que eu pudesse expor meus pensamentos. É o meu caderninho virtual de anotações. Não foi feito para impressionar ninguém!
Enfim, o que eu queria dizer nesse post todo, é que por mais que eu reclame que Comunicação não dá dinheiro, que eu só fiz escolhas erradas e tal, não há como negar que eu já estava predestinada a ser comunicadora, a trabalhar com audiovisual, a estudar literatura.
Não importa se eu vou ganhar dinheiro ou não com isso, o fato é que, realmente, quando a gente tem de ser... a gente nasce é feito.
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