Livre Pensar

Às vezes, eu me surpreendo com meu excesso de sinceridade.  É algo que beira o ridículo! Sou tão sincera, que viro motivo de chacota. Um exemplo disso aconteceu agorinha mesmo! Vinha eu numa das ruas de meu bairro quando avistei uma caminhonete. Não prestei atenção no veículo, mas de repente ele parou e ouvi uma voz de mulher chamando: “Moça!” Virei-me, imaginando que a pessoa desejava pedir alguma informação. No entanto, simpaticamente, ela me perguntou:  “Que rádio você escuta?” Aquilo me pegou de surpresa e logo vi que o carro era da 98 FM. Passei alguns segundos  processando, buscando a lista de estações que eu conhecia e, sinceramente, das poucas que eu ouço, a 98 FM não está incluída. “O que eu vou dizer?” – pensei . Então, respirei fundo e falei, com um sorriso sem graça: _ Não é a 98 FM!!! óò A moça pareceu engolir seco, olhou de lado tentando prender a risada e depois voltou-se para mim sorrindo: “Tá bom! Obrigada pela sinceridade!”  Diante disso, ain...

Quando eu cursava Jornalismo, aprendi que o jornalista não deveria ser o foco da notícia. Obviamente entende-se que todo caso é um caso. O fato é que vejo jornalistas cada vez mais transformados em superstars , ou seja, são estrelas de TV e não mais meros portadores da notícia. E embora eu não tenha seguido a carreira jornalística – e sequer desejo tal coisa! – essa situação me incomoda bastante. Eu vejo jornalistas locais agindo como heróis, cheios de conselhos, sermões, comentários sem sentido, debochando e julgando atitudes. São humanos, eu sei, e esse lance de imparcialidade é muito difícil de manter diante dos absurdos que vemos todos os dias, mas CARAMBA! SEJAMOS PROFISSIONAIS!!! É preciso adequar o discurso ao gênero do programa, ué! No meu tempo, jornalismo policial não era entretenimento!!!! E o pior é que os caros colegas, com suas performances nada interessantes, muitas vezes beirando o ridículo, estão cada vez mais caindo no gosto do povo! Até os criminosos os ...