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Mostrando postagens de novembro, 2006

É CADA UMA...

Hoje eu tava na sala enquanto meu irmão assistia "Correio Verdade" e embora eu não estivesse atenta à matéria, sei que era uma reportagem sobre um cara que foi preso por tráfico de drogas, e seu pai não sabia que ele guardava a droga em casa. Quando acabou a matéria J. Júnior foi dar uma de âncora, né? começou logo com suas liçõezinhas, quando disse a grande besteira: "Um dia desses passou na tv o filme de Cazuza, que só ensina aos filhos a desrespeitarem os pais, fazendo apologia às drogas..." enfim, falou algo assim. Eu achei um absurdo! Afinal de contas, só pq o filme conta a história de um jovem que usava drogas e desrespeitava os pais, não significa que pregar isso fosse o objetivo do filme. QUE IDIOTICE!!! Filhos não respeitam os pais por uma questão de educação. Hoje em dia, não se educam mais as crianças como antigamente. A criança mal começa a falar, os pais já ensinam palavrões e dão risada quando percebem que a cria aprendeu direitinho! Fazem todos os g...

A noiva cadáver

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Recentemente, assisti o filme A Noiva Cadáver do diretor Tim Burton. Uma animação gótica, feita na técnica stop-motion (quadro a quadro), que demorou dez anos para ser desenvolvida da forma idealizada pelo diretor. Inspirado em uma lenda russa do século XIX, A Noiva Cadavér é um filme tão delicado quanto a feitura de seus personagens. O filme conta a história de Victor, um jovem que ensaiando seus votos de casamento em meio a uma floresta, coloca a aliança no que parece ser um galho. Para sua surpresa, "o galho" é na verdade, a mão da noiva cadáver que assassinada antes do próprio casamento, foi enterrada na floresta e lá esperava pelo homem que a tiraria da solidão no mundo dos mortos e se casaria com ela. A noiva nos comove com seu sofrimento por amar e não ser amada. Mas o que de fato chama a atenção no filme é a forma como vida e morte são tratadas na história. Interessante ver como o mundo dos vivos é morto, e o quanto há vida no mundo dos mortos. O mundo dos vivos é s...

8 de novembro...

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Ela acorda. Percebe que ainda é cedo. Olha o relógio. São 05h40m da manhã. Se aborrece, pois não entende porque acordou naquele momento se não tem nenhum compromisso pela manhã para fazê-la levantar-se tão cedo. Vira-se para o outro lado. Tenta dormir ao menos mais duas horas. Droga! Hoje é 8 de novembro! Seu dia! Será que não pode levantar tarde nem no dia de seu aniversario? Embora tenha sono, ela não consegue dormir. Seu telefone alerta a chegada de uma mensagem. É Clécia, amiga da turma do segundo grau, que todos os anos é a primeira a parabenizá-la por seu aniversário. Passa-se mais alguns minutos e chega outra mensagem. É Karine que lhe deseja saúde, felicidade e muitas risadas. Depois de algum tempo, finalmente a aniversariante adormece. Mas, é despertada pela mãe que bate na porta do quarto gritando por sua irmã: “Carol! Abre aqui!”. A irmã acorda e abre a porta. A mãe entra e pega o que queria. Sai e deixa a porta aberta. Mas a cada cochilo da aniversariante, a porta bate e ...

O poder de “O quarto poder”

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Durante uma breve conversa sobre o filme “O quarto poder”, uma colega confessou que este filme veio fazê-la desistir de vez da carreira de jornalista, já que ela se encontra em crise com relação ao curso. Realmente, para quem não anda satisfeito com o jornalismo, a película citada não ajuda muito. Pelo contrário! “O quarto poder” é um filme que derruba a imagem glamurosa do jornalismo e desilude a maior parte dos jovens estudantes que sonham transformar o mundo como porta-vozes do povo. Se há algo que pode ser apontado como negativo neste filme, talvez seja a idéia de que ele é um “destruidor de sonhos”. Mas sinceramente, a meu ver, esta obra é perfeita! Acredito que a história do repórter Max Brackett (Dustin Hoffman) e o guarda Sam Balley (John Travolta), se nos fosse contada em livros, não nos ensinaria tanto quanto através do cinema. Com um roteiro excelente, cada plano é uma “fala” a parte. As primeiras cenas do filme nos fazem imaginar, por um breve momento, que estamos assisti...

Vida e Arte: quem imita quem?

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Engraçado como às vezes a vida parece uma peça de teatro, e como há coisas em comum entre realidade e ficção. Digo isso porque um fato curioso aconteceu certo dia, durante uma aula de TREPJ. Uma figura pitoresca adentrou nossa sala e muito me fez pensar em um grande drama do teatro brasileiro. Enquanto narrava sua história, José Ferreira da Silva me lembrava um outro Zé. Refiro-me a Zé-do-Burro, personagem da peça “O Pagador de Promessas”, escrita em 1959 pelo dramaturgo Dias Gomes. E o que os dois têm em comum? Bom! Pra começar, ambos se chamam José, são baianos, da roça e pagam uma promessa. Pediram curas, não para eles, e sim para quem lhes são caros. Zé-do-Burro, considerando que Iansã é Santa Bárbara, promete a ela que se esta curar seu burro, dividirá suas terras com os lavradores mais pobres que ele, carregará uma cruz tão pesada quanto a de Cristo até a Igreja de Santa Bárbara, e depositará a cruz no altar mor. Já o nosso “Zé-da-Bike” (me permitirei assim chamá-lo), promete...